Devido a um excesso de produção café no final do Século XIX, em 1902, o governo paulista instituiu um imposto sobre o plantio de novos cafezais. Essa ação incentivou a cultura da laranja.
A inauguração da Escola Agrícola Prática Luiz de Queiroz, um ano antes, em Piracicaba, contribuiu muito para o desenvolvimento da cultura no Brasil.
Em 1909, o Governo Federal instituiu prêmios a quem exportasse frutas e essa ação incentivou os comerciantes do Rio de Janeiro a exportar para a Argentina a partir de 1910. As laranjas produzidas em São Paulo, colhidas entre os meses de abril e julho, e do Rio, entre agosto e dezembro, eram exportadas regularmente para Argentina e eventualmente para o Uruguai.
O município de Limeira destacava-se no Estado de São Paulo, fornecendo a maio parte das laranjas baianas destinadas à exportação. Nesses primeiros anos, a colheita e o embarque ferroviário para São Paulo eram organizados pelo comerciante André de Felice que recolhia a produção de pomares mistos.
Nessa época, o fazendeiro Mário de Souza Queiroz (1872 1968), primo do visionário que implantou a escola agrícola da vizinha Piracicaba, já plantava laranjas em Limeira na Chácara Santa Cruz, uma propriedade de 520 hectares, que pertencera ao Senador Vergueiro, cujo portão de entrada ficava a um quilômetro do centro da cidade de Limeira.
Fonte e Créditos de Imagem: José Eduardo Heflinger Jr.