A construção original da sede da Fazenda Botafogo data da segunda metade do Século XIX e foi realizada a partir dos esforços de seu antigo proprietário, Sr. Tomás DeLuca.
Há alguns registros físicos que remetem àquela época: o mais visível deles é a inscrição “TD” – Tomás DeLuca, que ainda pode ser vista em tijolos por toda a fazenda; o antigo lavador de café, que acabou sendo transformando em piscina natural, também é um importante registro. Porém o mais representativo é o fogão a lenha da cozinha da sede, totalmente preservado, e que desde aquela época já era utilizado para o preparo dos alimentos e aquecimento da água de um dos banheiros.
Na década de 1960, os sócios Srs. João Senra e Manoel Pires Lopes resolvem expandir o antigo casario, para abrigar as duas famílas. Naquela época, João Senra e sua familia residiam na fazenda, enquanto Manoel Pires Lopes em Santos, mas passava férias na Botafogo.
Aqui faço um paralelo com a construção da imponente sede da Sociedade Hípica de Campinas (“S.H.C.”), realizada entre 1962 e 67, construída em Estilo Império Brasileiro, com a participação efetiva do engenheiro e arquiteto Waldemar José Strazzacapa, considerado o papa do colonial brasileiro.
Foi a partir desta obra, através do (tio) Dr. Hélio Siqueira, jurista, cavaleiro e fundador da S.H.C que João e Manoel Pires Lopes conheceram Strazzacapa.
Além de transformar completamente o estilo da casa para o império brasileiro, Strazzacapa construiu uma nova ala para os quartos, projetada para abrigar de forma muito confortável e privada as duas famílias.
Na figura acima, retirada do Centro de Memória da S.H.C., encontra-se o croqui de sua sede, muito similar à Sede da Fazenda Botafogo.
Por Bruno Siqueira